A verdadeira história da “Carne de Onça” Petisco é Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba – Há sete anos a Carne de Onça é considerado Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba. E você conhece a história desse petisco famoso? O empresário e cozinheiro Sérgio Medeiros, do portal de gastronomia Curitiba Honesta, pesquisou e apresentou esse relato como base para o pedido de concessão do título na Câmara Municipal de Curitiba. Confira!
Na década de quarenta havia em Curitiba um time de futebol chamado Britânia, que depois com outros times veio a formar o Paraná Clube. O presidente da Britânia na época era Cristiano Schmid que tinha um bar localizado na Marechal Deodoro, esquina com a XV de Novembro, chamado “Toca do Tatu”. Aliás, Tatu era o apelido dele.
O Britânia foi campeão paranaense, por sete vezes, e para comemorar com o time, Schimidt pegava carne crua e colocava sobre fatias de broa, compradas na panificadora de um alemão que ficava próxima a “Toca do Tatu”, e por cima da carne colocava cebola branca e cebolinha verde bem picadinhas e só então temperava com sal e azeite de oliva. Servia com chopp para os jogadores do time.
Um belo dia o Duia, que era o goleiro, reclamou: “Poxa, Schimidt, você só serve essa carne aí, que nem onça come”. E aí surgiu a “carne de onça”.
A partir deste dia, os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir a carne que, segundo o Duia “nem onça comia”, e Schimidt teve que colocar no cardápio. Logo outros bares da cidade também a servir.
Na década de cinquenta era servida na Família Concórdia, preparada pela Garmater, dona então de um grande frigorífico.
Na década de sessenta na Rua Riachuelo, no bar conhecido na época como “Bar do O”, que se mudou para o Bacacheri, vindo a fechar tempos depois.
Desde 2016 é patrimônio cultural imaterial de Curitiba, conhecida nacionalmente como única comida típica da cidade.
A Curitiba Honesta realiza no próximo mês o 6º Festival de Carne de Onça de Curitiba, de 14 de setembro a 02 de outubro de 2022, em diversos bares da cidade.
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